Edfor – Do sonho à desilusão
APRESENTAÇÃO & SESSÃO DE AUTOGRAFOS = SÁBADO 8 DE NOVEMBRO 11:30
NOTA: Caso não tenha possibilidade de vir à apresentação e desejar ter um exemplar autografo, coloque nas observações, na encomenda on-line "AUTOGRAFADO" inique se quer COM OU SEM dedicatória.
Em plena década de 1930, por motivos que se apresentam nos dias de hoje inexplicáveis em toda a sua extensão, a imprensa especializada portuguesa, comandada pela revista O Volante polarizou um debate muito abrangente sobre a oportunidade de se constituir uma indústria automóvel nacional. Diversos artigos da autoria da redação e, sobretudo, entrevistas com diversos empresários, desencadearam de novo uma velha questão sem que, uma vez mais, se chegasse a bom termo nas conclusões e nos resultados.
O industrial Álvaro Rodrigues, que granjeou grande fama como empresário na indústria de componentes e acessórios para automóveis foi, porventura, dos primeiros a recuperar a questão demonstrando através de raciocínios factuais e lógicos e de experiências de sucesso obtidas em domínios equivalentes – nomeadamente na indústria aeronáutica, com o exemplo claro da produção de motores para avião, que se fazia regularmente nas OGMA – a exequibilidade do projeto. Dias de Figueiredo, ao tempo secretário-geral da Câmara Sindical dos Agentes e Importadores de Automóveis do Porto, publicou em 1936, sob o pseudónimo de Camilo Sancho, um interessante estudo denominado «O Problema Automobilista» onde eram tecidas diversas considerações de ordem económica e de mercado, ressalvando-se as comparações estabelecidas entre diversos países europeus nas mais diferentes vertentes. Figueiredo é, aliás, o primeiro a destacar a importância da motorização face às necessidades do império – ou seja, incluindo também os denominados territórios ultramarinos – facto que tinha inteiro cabimento na época, embora inexplicavelmente não figurasse nos argumentos de outros responsáveis que tomaram parte nesse debate nacional.
Subitamente, algumas das pessoas que alimentaram a esperança de assistirem ao nascimento de uma marca nacional esfregaram os olhos na ânsia de confirmarem como verdadeira a notícia posta a circular na cidade do Porto: Eduardo Ferreirinha, piloto de renome, mecânico de grande talento e industrial de sucesso, pretendia, através da sua empresa, dar um passo nesse sentido com a construção em pequena série de um automóvel com um potencial extraordinário – o Edfor. É dessa história fabulosa que aqui procuraremos dar conta.
Este livro faz parte de uma trilogia, de que o primeiro título é “Os Ford A Especiais de Menéres & Ferreirinha”. O terceiro elemento terá como título: “Os Ford V8 Especiais (1936-1938)”.
(PUB 10/2025, Autor: José Barros Rodrigues, Idioma: Português, 184 págs, capa dura, 24X28 cms, 174 fotos ).